O Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada , conhecido também por Período da Selvageria, refere-se na pré-história mais ou menos ao período de 10 mil a.C, à época da primeira intervenção do homem no meio-ambiente com utensílios de pedra até o princípio do Neolítico . Os homens deste período eram basicamente caçadores e coletores, portanto tinham que se movimentar constantemente de um lugar para outro, ao sabor da busca de alimentos para a sobrevivência – assim, eram nômades, em plena era geológica da Idade do Gelo.
Pela primeira vez, ao que tudo indica, houve uma certa especialização profissional. Os artistas eram também caçadores, tinham que trabalhar, mas certos historiadores afirmam que por terem essa capacidade artística, que ao mesmo tempo revelava para estes povos um poder mágico, estes homens provavelmente tinham alguns privilégios, destacando-se dos outros, talvez como os primeiros profissionais da História. A possível isenção – em parte ou completa – do trabalho, por parte do artista deste período, demonstra que esta sociedade já podia alimentar um grupo especializado.
Indícios levam a crer que as representações artísticas de animais, encontradas nas paredes das cavernas deste período, como a Gruta de Altamira, na Espanha, localizada em 1879, refletem objetivos mágicos. Ou seja, é bem possível que esses caçadores acreditassem na profunda interação entre a arte e a realidade. Pintar uma manada de mamutes com um intenso teor realista podia, por exemplo, transpor para o real o surgimento desses animais e, portanto, garantir a sobrevivência do grupo.
Da mesma forma, criar uma escultura representando a fertilidade, podia, segundo acreditavam estes homens, influenciar na procriação do grupo, propiciando seu crescimento e sua perpetuação. Eles percebem, assim, a estreita relação existente entre a arte e a natureza, a influência recíproca entre ambas, uma possibilidade de interagir com o mundo que os cerca. Esta arte não era, a princípio, decorativa, mas uma forma de atuar junto às forças sobrenaturais, assegurando, através destes objetos artísticos, uma boa caça. Possivelmente ela era parte de um ritual mágico, não de objetivos estéticos conscientes, sendo a qualidade estética provavelmente uma conseqüência.
É surpreendente para os historiadores da arte perceber o nível de maturidade artística presente em uma sociedade tão primitiva, e o quanto suas obras revelam de qualidade e criatividade. Principalmente quando se acreditava que as primeiras fontes desta história se encontravam no Antigo Egito e na Mesopotâmia. A produção artística deste período inclui ferramentas de pedra talhada, objetos decorados, jóias, estatuetas expressando imagens femininas ou animais, relevos, pinturas parietais – encontradas nas paredes das cavernas, geralmente referentes à caça, expressando, aliás, um conhecimento profundo dos animais.
Em um primeiro momento, os artistas representavam as experiências observadas diretamente pelos sentidos, produzindo uma arte naturalista-realista. Depois, quando encontra um tempo maior para reflexão, sua obra começa a apresentar características esquematizadas, simbólicas, aproximando-se de uma arte mais abstrata.
A Vênus de Willendorf é uma estatueta com 11,1 cm de altura representando estilisticamente uma mulher, descoberta perto de Willendorf, na Áustria.
Foi desenterrada em 8 de agosto de 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Está esculpida em calcário oolítico, material que não existe na região, e colorido comocre vermelho.
Em 1990, após uma revisão da análise desse sítio arqueológico, estimou-se que tivesse sido esculpida há 22.000 ou 24.000 anos. Pouco se sabe sobre a origem, método de criação e significado cultural.
A Vênus faz parte da coleção do Museu de História Natural de Viena.
Pela primeira vez, ao que tudo indica, houve uma certa especialização profissional. Os artistas eram também caçadores, tinham que trabalhar, mas certos historiadores afirmam que por terem essa capacidade artística, que ao mesmo tempo revelava para estes povos um poder mágico, estes homens provavelmente tinham alguns privilégios, destacando-se dos outros, talvez como os primeiros profissionais da História. A possível isenção – em parte ou completa – do trabalho, por parte do artista deste período, demonstra que esta sociedade já podia alimentar um grupo especializado.
Indícios levam a crer que as representações artísticas de animais, encontradas nas paredes das cavernas deste período, como a Gruta de Altamira, na Espanha, localizada em 1879, refletem objetivos mágicos. Ou seja, é bem possível que esses caçadores acreditassem na profunda interação entre a arte e a realidade. Pintar uma manada de mamutes com um intenso teor realista podia, por exemplo, transpor para o real o surgimento desses animais e, portanto, garantir a sobrevivência do grupo.
Da mesma forma, criar uma escultura representando a fertilidade, podia, segundo acreditavam estes homens, influenciar na procriação do grupo, propiciando seu crescimento e sua perpetuação. Eles percebem, assim, a estreita relação existente entre a arte e a natureza, a influência recíproca entre ambas, uma possibilidade de interagir com o mundo que os cerca. Esta arte não era, a princípio, decorativa, mas uma forma de atuar junto às forças sobrenaturais, assegurando, através destes objetos artísticos, uma boa caça. Possivelmente ela era parte de um ritual mágico, não de objetivos estéticos conscientes, sendo a qualidade estética provavelmente uma conseqüência.
É surpreendente para os historiadores da arte perceber o nível de maturidade artística presente em uma sociedade tão primitiva, e o quanto suas obras revelam de qualidade e criatividade. Principalmente quando se acreditava que as primeiras fontes desta história se encontravam no Antigo Egito e na Mesopotâmia. A produção artística deste período inclui ferramentas de pedra talhada, objetos decorados, jóias, estatuetas expressando imagens femininas ou animais, relevos, pinturas parietais – encontradas nas paredes das cavernas, geralmente referentes à caça, expressando, aliás, um conhecimento profundo dos animais.
Em um primeiro momento, os artistas representavam as experiências observadas diretamente pelos sentidos, produzindo uma arte naturalista-realista. Depois, quando encontra um tempo maior para reflexão, sua obra começa a apresentar características esquematizadas, simbólicas, aproximando-se de uma arte mais abstrata.
Vênus de Willendorf |
Foi desenterrada em 8 de agosto de 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Está esculpida em calcário oolítico, material que não existe na região, e colorido comocre vermelho.
Em 1990, após uma revisão da análise desse sítio arqueológico, estimou-se que tivesse sido esculpida há 22.000 ou 24.000 anos. Pouco se sabe sobre a origem, método de criação e significado cultural.
A Vênus faz parte da coleção do Museu de História Natural de Viena.
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